Papagaio-trombeteiro (BM), Papagaio-curica, Papagaio-do-mangue .
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Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 115 do Guia das Aves

De porte um pouco menor ao do papagaio-verdadeiro. Como características mais marcantes para separar as duas espécies, possui o espelho e a marca da cauda de cor laranja (foto), ao invés de vermelho. O bico é amarelado na base, com o restante cinza escuro. Menos cabeçudo em proporção ao corpo, o adulto possui o alto da cabeça, parte da cara e a garganta amarelas. Na frente dos olhos e na testa passa uma faixa azul claro.
Vive nos mesmos ambientes do papagaio-verdadeiro. Em geral, na planície pantaneira é uma espécie de ocorrência restrita e muito menos freqüente do que o papagaio-verdadeiro. Na reserva, chega a ser tão comum quanto a espécie anterior.
Seus hábitos são semelhantes ao papagaio-verdadeiro, embora com pousos comunais exclusivos a cada espécie e sem misturar-se uma com outra nos locais de alimentação. Unicamente, mangueiras com as mangas maduras atraem os três papagaios ao mesmo tempo. Fora isso, alimenta-se de sementes, frutos e flores. É bastante atraído pelos frutos do Pombeiro Combretum lanceolatum, disponíveis nos brejos, corixos e margens do rio Cuiabá em agosto/setembro.
Como o papagaio-verdadeiro, possui uma série de vocalizações. Elas são mais assobiadas e suaves, algumas parecidas com as da maitaca (razão do nome trombeteiro). O casal em vôo mantém contato através de gritos mais longos e elaborados do que aquele. No período reprodutivo, pousa em galhos altos e começa a improvisar uma série de gritos e assobios.
Faz o ninho em ocos de árvores, onde coloca de 2 a 5 ovos. Geralmente, um filhote sai do ninho depois de 2 meses de nascido, chocado pela fêmea.
É conhecido como papagaio-do-mangue na costa, por habitar essa formação. Provavelmente, esse foi a espécie de papagaio primeiro observada pelos portugueses ao chegarem na costa brasileira, sendo muito freqüente nas aldeias indígenas para uso de suas penas na arte plumária.


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