| A maior das corujas brasileiras, vive nas matas ciliares e cerradões da RPPN. Com cerca de 50cm e peso de mais de um quilo, é um predador de porte, do tamanho de um caracará. Caça outras aves, muitas vezes no interior de ocos. Aparece, com freqüência, nos ninhais de garças e cabeça-seca, podendo ser um predador eficaz de filhotes dessas aves. Apesar do tamanho, não é fácil de ser encontrada durante o dia. Esconde-se no meio da folhagem das árvores ou sobre ninhos abandonados de tuiuiú ou caturrita. Como em outras corujas, é mais facilmente escutada à noite do que observada. No período de reprodução, canta muito, um chamado relativamente longo e com uma interrupção no meio, parecendo estar dizendo “João...curutu”. A primeira parte é mais grave e a segunda, mais aguda e rápida. Responde a uma imitação e aproxima-se para verificar a fonte. Canta mais de julho a dezembro. Coloca seus ovos nos ninhos de tuiuiú e caturrita ou no chão, entre capins (raramente). No adulto, destacam-se as “orelhas”, penas mantidas altas nos lados da cabeça, embora não tenham qualquer função auxiliar na audição (foto). O corpo é todo cinza escuro, com finas listras transversais mais claras na barriga. Garganta toda branca e íris amarelo alaranjado. | | |