| Possui várias adaptações espetaculares. Noturna, passa os dias pousado na ponta de um galho ou tronco seco, com suas cores confundindo-se com o poleiro. Corpo todo cinza claro, manchado e listrado de cinza mais escuro, com bolas claras e escuras sobre as asas, levemente amarronzadas. Sua defesa é manter-se imóvel, de modo que a qualquer sinal de perigo aumenta sua semelhança com o tronco de apoio (foto). Controla os arredores através de duas pequenas “janelas” nas pálpebras, sem necessitar abri-las. Ao observar qualquer situação de risco potencial, lentamente estica o pescoço e dirige o bico para cima, encostando mais a cauda no tronco de apoio. Desse modo, torna-se praticamente invisível no ambiente. Faz a postura de um ovo sobre a ponta de um galho ou tronco, chocando na postura vertical de camuflagem. O filhote também logo adota a postura de proteção, quando deixado sozinho, voando após 51 dias de nascido. Caçam insetos em vôos verticais a partir do poleiro, como um siriri, ou perseguindo-os em vôo, à semelhança de andorinhas. Podem ser localizados pelo reflexo de lanternas ou silibins nas grandes retinas, quando ficam encandeados e podem ser observados de perto. À noite é que emitem o longo canto, composto de 5 notas descendentes, assobiadas e claras, espaçadas por intervalos regulares, a forma mais comum de detectá-los. Sua observação é tão difícil que o nome urutau quer dizer ave fantasma, em tupi. Ocorre em todos os ambientes abertos e bordas de matas da RPPN, cantando com maior freqüência a partir de julho até o final do ano.
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