| Uma das aves mais coloridas da RPPN, vivendo nos diversos ambientes florestados da mesma. Aparece, ocasionalmente, nos capões de cerrado da parte central. No entanto, é mais comum nas matas ciliares dos rios Cuiabá e São Lourenço, bem como ao longo dos corixos maiores, nos cambarazais e cerradões. Apesar do colorido espetacular, é mais ouvido do que visto. O canto é uma seqüência de piados curtos e melancólicos, levemente acelerados no final (no Ceará, é chamado de perua-choca devido à semelhança dos cantos). Canta o ano inteiro, com maior constância entre agosto e dezembro, período da reprodução. Macho e fêmea mantêm contato através do canto e, algumas vezes, podem ser atraídos pela imitação do mesmo. O colorido do macho é mais forte do que o da fêmea, destacando a coloração azul marinho da cabeça e a pálpebra amarelo alaranjado. Na fêmea, essas regiões são cinzentas. A cor da cauda é muito diferente em cada sexo (foto). Pousa nos galhos horizontais e cipós transversais, sob a copa. Desses pontos de pouso observa o entorno, procurando lagartas nas folhas, cigarras, besouros e aranhas durante muito tempo (daí o nome dorminhoco). Complementam a alimentação com frutinhos pequenos, em especial da embaúba. Nos dois casos, apanham o alimento em vôo direto, ficando sob a presa ou fruto. Fazem os ninhos nos cupinzeiros arborícolas, cavando um túnel e uma câmara interna. Como no caso das outras aves que usam essa estrutura, o cupinzeiro está ativo e os cupins simplesmente fecham as passagens danificadas pela ave, sem perturbá-la.
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