Udu, Juruva, Duro-duro (BM).
Momotus momota
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 141 do Guia das Aves

Uma das aves mais espetaculares do Pantanal pelo colorido e pelo formato único das penas da cauda. Caça insetos e pequenos vertebrados a partir de um pouso fixo.
O canto é semelhante ao de uma coruja, emitido mais freqüentemente no clarear e escurecer, embora possa ser escutado a qualquer hora do dia e da noite. Começa com um chamado curto, grave, acelerado (entendido como udu ou duro). Quando outra juruva responde, aceleram o canto e aumentam o número de “udus” (a interpretação onomatopaica do canto passa a ser juruva).
Ativa o dia inteiro, impressiona a dificuldade de vê-la nas sombras da vegetação, apesar do colorido intenso do corpo e cabeça, além do tamanho da cauda. O verde brilhante da plumagem é amarelado na barriga e peito. Ao redor dos olhos, vermelhos, grande máscara negra, terminando em duas pontas. Bordejando toda a máscara, azul cobalto intenso, mais claro e extenso na fronte. Alto da cabeça negro. Asas e cauda com ponta azulada. Macho e fêmea são idênticos, com o mesmo bico forte, negro e todo serrilhado. No peito, duas penas negras parecem uma gravata borboleta.
A cauda é longa, com as penas centrais mais compridas do que o corpo e com as demais menores e escalonadas. Na ponta das penas centrais aparecem duas raquetes, onde as franjas laterais da pena foram perdidas e restou somente a ponta. Essa estrutura chama ainda mais a atenção quando a juruva movimenta a cauda lateralmente, em especial quando sente-se observada. Ela origina-se da perda, natural, das estruturas laterais da pena após sua formação. Os índios interpretavam essa forma como sendo resultado do transporte, pela juruva, das brasas mandadas pelos deuses para acender a primeira fogueira dos seres humanos.
O ninho da juruva é um buraco em barranco de rio ou corixo, às vezes com mais de um metro e estreito. Nas matas e cordilheiras sem barranco, aproveita a entrada do buraco de um tatu para iniciar a escavação do seu túnel horizontal logo abaixo do nível do solo. Tendo a ave cerca de 45 centímetros, com sua cauda, fica a questão de como entra e sai sem danificar suas longas penas especiais.


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