| Espécie de grande porte, solitária durante todo o ano. Apesar do tamanho, esconde-se bem na vegetação ribeirinha e nas touceiras dos campos alagados. Quando assustado, a primeira atitude é ficar imóvel, com o pescoço esticado e com o bico para o alto. Tenta camuflar-se com o entorno dessa maneira. No adulto (foto), destaca-se o contraste de cores. Já o juvenil sai do ninho com uma plumagem zebrada de listras finas e largas, negras e creme, no dorso. O ventre é claro, quase branco, com a listra clara do pescoço já presente, embora mais estreita. Adquire a plumagem adulta após o segundo ano de vida, fazendo com que alguns exemplares tenham plumagens parcialmente de adultos, mescladas a características juvenis durante muito tempo. Pesca pequenos peixes e caça anfíbios parado no meio da vegetação. Os casais nidificam isoladamente, sem formar colônias. Macho e fêmea são idênticos, ambos dividindo os cuidados de chôco e alimentação da prole. Seu nome comum deriva do canto territorial, um gemido fundo e alto lembrando o mugido de um boi ao longe, emitido pelos dois sexos. No período reprodutivo possui um canto de corte mais longo, composto por uma série de gritos graves, inicialmente ascendentes e depois descendentes, podendo ser confundido com o esturro da onça-pintada. Ocorre em todos os ambientes aquáticos da reserva, ficando próximo aos dois rios no período de baixa das águas. Na reserva foi observado um exemplar albino, parecendo uma garça com sua plumagem branca.
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