Arapapá.
Cochelarius cochlearia
Período Reprodutivo:
Locais de observação: Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 54 do Guia das Aves

Uma das aves aquáticas mais furtivas e difíceis de serem observadas. É estritamente noturna, ficando no interior da vegetação ribeirinha mais fechada durante o dia. Apesar da semelhança geral com as garças, possui características únicas de plumagem e tipo de bico que o separam em uma família especial. O bico é muito largo e achatado, com uma forma de bote de cabeça para baixo. Usa para pescar anfíbios, peixinhos, insetos, crustáceos e até pequenos mamíferos, enquanto caminha devagar na água.
Os olhos são excepcionalmente grandes. Em contraponto ao bico negro, grande e destacado, os adultos possuem um penacho negro e longo, geralmente deixado em repouso sobre o dorso, mas que pode ser eriçado atrás da cabeça. O penacho do macho é maior do que o da fêmea. O corpo apresenta um forte contraste de cores com o abdômen ferruginoso. Os flancos são negros e no dorso possui uma faixa negra pouco observada, a não ser em vôo. A ave juvenil é completamente diferente, com o corpo pardo e o ventre creme esbranquiçado. O alto da cabeça já é negro. Muda pouco a pouco para a plumagem de adulto e é possível encontrar-se exemplares com todo o tipo de plumagem intermediária entre os dois extremos.
Faz seu ninho em casais isolados ou em pequenas colônias, as quais podem ser exclusivas do arapapá ou misturadas com garças e socós. Em qualquer caso, seu ninho está na parte mais fechada e escura da vegetação, geralmente próximo da água. Choca, por 23 dias, os dois ou três ovos de cada postura, os quais vão de verde claro até branco azulado. Os pais, especialmente as fêmeas, cuidam agressivamente do ninho e das crias. Os filhotes logo podem sair do ninho e subir com destreza nos galhos e gravetos, fugindo do perigo e retornando com igual facilidade para o ninho quando tudo se acalma.
Na reserva é mais encontrado nos corixos do rio Cuiabá, nas baías e braços de rio ligados ao Riozinho. Para observá-lo há que se ficar atento a qualquer movimento no interior da vegetação mais fechada da margem, em especial quando estamos passando de barco nos corixos mais estreitos durante o dia. À noite, é facilmente encontrado nas margens dos dois rios.


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