João-graveteiro.
Phacellodomus rufifrons
Período Reprodutivo: agosto a novembro
Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 159 do Guia das Aves

De pequeno porte, constrói ninhos enormes com gravetos (razão do nome comum). Os gravetos são relativamente grandes para o tamanho do passarinho (foto). O casal atua em parceria na construção da casa, que será utilizada durante todo o ano pelos dois e pela ninhada (mesmo após voar) como local de abrigo. O ninho é uma bola de gravetos, internamente forrada com folhas e capins. Ao terminar o primeiro ninho, o casal continua colocando material e construindo outros, em seqüência. Com isso, o galho de apoio começa a pender e a ficar coberto de material, destacando-se na paisagem. Em casos extremos, o ninho chega a 2 metros de comprimento.
O ninho do joão-graveteiro é o preferido para ser ocupado pelo joão-pinto, o qual depende de outras espécies para nidificar. Além dessa ave, as câmaras abrigam outras aves, pequenos mamíferos, répteis ou marimbondos. Em alguns casos, após disputas com os donos originais, em outros, ocupadas depois de abandonadas.
A ave em si é muito mais difícil de ser observada do que seu ninho. Além do porte, possui o comportamento de ficar escondida no meio das folhas de árvores e arbustos, voando rapidamente de pouso a pouso. Movimenta-se muito e logo dá o alarme, com piados agudos, sobre a presença de estranhos. Nesses momentos, os membros do grupo (varia de um casal até 10 aves) passam a repetir o chamado, enchendo a vegetação de gritos, mas pouco aparecendo.
Alimenta-se de invertebrados apanhados entre as ramagens. Habita os cerrados e cerradões da RPPN, especialmente na parte central e norte. Usa as bordas das matas ciliares, matas secas e cerradões, sem penetrar na vegetação florestal.
A principal característica é a cor levemente amarronzada da testa, contrastando com a cabeça, mais escura. Leve linha superciliar clara, com um risca negra, fina, após o olho. A cauda é comprida e movimentada lateralmente, quando a ave está excitada.
O casal possui um dueto em que um inicia o canto e, depois de pouco tempo, o segundo emite uma risada mais curta, levemente acelerada no final. Cantam a qualquer hora do dia, às vezes dentro do ninho. O vôo para entrar na estrutura é muito rápido, podendo passar despercebida a chegada ou saída dos moradores.


Imagens relacionadas: