Tangará, Dançador .
Pipra fasciicauda
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 170 do Guia das Aves

Os contrastes de cores do macho são únicos entre as aves da RPPN. O tom de vermelho fogo intensifica-se no alto da cabeça e pescoço, estendendo-se pelo peito (foto). Todo o restante é amarelo vivo, em oposição ao negro do resto das costas e asas. A cauda é curta e pequena para o tamanho do corpo, produzindo uma silhueta característica. A fêmea é toda esverdeada, com tom mais amarelado na barriga (foto). Nos dois sexos, os olhos são brancos, mais destacados na fêmea devido à cor verde escura dominante.
Vivem no interior da mata do Bebe, sendo raro conseguir observá-los bem, apesar das cores. Andam na região abaixo das árvores até cerca de 1 metro do chão, pousando em galhos expostos ou no meio da folhagem. Possuem um vôo rápido e, ao pousarem, ficam imóveis por alguns segundos, dificultando a localização.
Ao contrário do soldadinho, os machos possuem uma arena de dança (vindo daí o nome dançador em português e tangará em tupi, com o mesmo significado), onde as fêmeas vem procurar o seu par. Em algumas ocasiões, dois machos exibem-se na arena, mas o dominante é quem acasala. Após a cópula, a fêmea volta à sua área de vida para construir o ninho, chocar os ovos e cuidar dos filhotes sozinha. As arenas são tradicionais e, mesmo fora do período reprodutivo, os machos as visitam e dançam, procurando manter as melhores posições durante todo o ano. Uma vez localizadas, fica mais fácil de encontrar essa ave única.
Além das matas secas do Pantanal, ocorre em toda a Amazônia ao sul do rio Amazonas, matas ciliares maiores e matas secas de todo o centro-oeste, parte do interior de São Paulo e norte do Paraná (nesses últimos estados, já bastante raro, devido ao desmatamento).


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