Tesoureiro, Tesourinha.
Tyrannus savana
Período Migratório: março e abril, agosto a outubro
Locais de observação: Campo, Cerrado.
Você encontra essas informações na página 176 do Guia das Aves

Migrante inconfundível no Pantanal, onde passa em grupos de até centenas de indivíduos, concentrações típicas de setembro/outubro. Dormem em uma mesma árvore ou árvores próximas quando estão migrando, seja em áreas naturais, seja em áreas urbanas. A maior parte continua a viagem mais para o sul, onde nidificam, enquanto algumas poucas permanecem nos cerrados e bordas de cerradão para reproduzir. Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março voam para o norte, no segundo grande movimento de migração da espécie. Todas dirigem-se para a parte norte do continente, onde irão passar o outono/inverno austrais.
Hábitos como o do siriri, com grande consumo de frutos no período de migração. Dispersa os frutos da erva-de-passarinho no cerrado, com sua característica semente onde um pé adesivo ressalta-se. A polpa envolvente é uma das fontes principais de abastecimento na migração para o norte, mas como não ingere a semente, limpa o bico nos galhos, deixando presa a semente da próxima erva-de-passarinho. Frutos podem ser vistos em fios e arames, resultado dessa limpeza do bico.
Apesar de não ser colorida, a leveza e graça do vôo, bem como a distribuição de cores são muito chamativas. O capuz totalmente negro distingui-se contra a gargantas e partes inferiores brancas. Dorso cinza uniforme, com destaque para a longa cauda (foto). Mais comprida nos machos (diferença visível quando as aves estão próximas), é maior do que o próprio corpo. O formato de
origina os nomes comuns. Em vôo, consegue uma enorme destreza, alterando direção com facilidade, em perseguições mútuas ou à presa (insetos). Apesar de migrarem em grupos, em setembro os machos já estão exibindo seu característico vôo territorial, pairando em espirais com asas e cauda abertos, ao mesmo tempo em que emite o canto longo e rápido, terminado com três ou quatro notas mais espaçadas.
Em migração, pode ser visto em qualquer ambiente da RPPN ou do Pantanal, exceto o interior das formações florestais. No período reprodutivo, exclusiva das partes central e norte da RPPN, onde aparece em números baixos nos cerrados.


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