Urubu-de-cabeça-vermelha.
Cathartes aura
Período Migratório: julho a novembro
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 58 do Guia das Aves

A capacidade de vôo dessa ave e do urubu-de-cabeça-amarela é espetacular. Suas longas asas chegam a 1,80m de envergadura, sendo relativamente finas e mantidas em “V”. Com esse formato, aproveitam a menor brisa disponível para voar sobre a vegetação e o solo, às vezes a poucos centímetros de altura. Nessa busca de sustentação, mantém as asas rígidas e viram o corpo de lado a outro, parecendo um vôo errático, que não vai se manter. Muito raramente batem as asas e, mesmo assim, só para iniciar o movimento. Igualmente, deslocam-se a grandes alturas, mantendo o perfil característico de vôo.
Na ave adulta ou juvenil, as longas penas das asas são cinza escuro (foto). Esse contraste é característico dessa e da espécie a seguir. A coloração da cabeça é que as separa, conforme indica o nome comum. O adulto possui a pele nua da cabeça e pescoço vermelhos, além de um escudo nucal branco, visível em boas condições de luz. A ave juvenil tem a cabeça negra.
Localiza as carcaças pelo olfato, uma das poucas aves onde esse sentido é apurado. Graças à sua capacidade de vôo e sensibilidade do olfato, costuma ser o primeiro urubu a chegar na carniça. Nem sempre é o que se banqueteia melhor, porque logo é seguido pelas outras espécies e afastado por elas. Muitas vezes, espera as demais alimentarem-se, para, então, voltar a comer. De forma ocasional, pode capturar e matar pequenos vertebrados, apanhados nos vôos rasantes.
Nidifica no solo ou, mais raramente, em ocos de árvores. Em qualquer caso, locais bem cobertos por vegetação e protegidos. Coloca dois ovos e a incubação dura de 38 a 41 dias. A partir dos 70 dias de vida, inicia seus vôos.
Ocorre em toda a reserva, podendo ser observado, durante o dia, pousado nas praias dos rios Cuiabá e São Lourenço. À noite, dirige-se para pousos tradicionais, seja nas árvores da mata ribeirinha, seja em capões nos campos. Esses pousos são comunais, ocasionalmente com 20 ou 30 urubus de várias espécies.


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