| Provavelmente uma das aves mais populares no país, tanto pela facilidade com que é vista, por suas cores chamativas, como por estar adaptada a ambientes urbanos do porte de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O canto, alto, freqüente e nítido, com sua interpretação auxilia nessa popularidade. É encontrado em todas as regiões e ambientes do Brasil. Alimenta-se de invertebrados, frutos e pequenos vertebrados. Aprende a pescar, voando da margem ou de um galho para apanhar peixinhos, embora não mergulhe na água completamente. Saqueia ninhos de outras aves, comendo ovos ou filhotes, sendo prontamente atacado pelos adultos quando aproxima-se dos ninhos. O bico é menor do que o do nei-nei (foto). Vive aos casais ou solitário. Os filhotes ficam com os pais algumas semanas após voarem, sendo depois expulsos do território. Muito agressivos entre si, apresentam rituais para afastarem outros bem-te-vis. O casal pousa próximo e emite cantos e estalar de bico, batendo as asas e eriçando as penas da cabeça, o que evidencia sua base amarela. Se a intimidação não é suficiente, atacam vigorosamente. O ninho, semelhante ao do nei-nei, é defendido de outros bem-te-vis e predadores. Ataca aves maiores como gaviões ou tucanos aproximando-se demais. Concentrações de bem-te-vis, encontradas no Pantanal em agosto, são sugestivas de aves migrando para retornar à área sul da distribuição (Argentina, Uruguai e Rio Grande do sul), de onde saem a partir de março.
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