Urubu.
Coragyps atratus
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 60 do Guia das Aves

A espécie de urubu mais adaptada à presença humana, vivendo até no interior das grandes metrópoles do continente sul-americano. É o de menor envergadura, chegando a 1,50m no máximo. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer.
Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do vôo. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância. Para diferenciá-lo dos outros urubus, em vôo, destaca-se o formato mais curto e arredondado das asas, com a ponta mantida um pouco à frente da cabeça. Quase no final de cada asa, forma-se uma área mais clara, quase um círculo.
Exceto por essa área mais clara, adultos e jovens são totalmente negros, inclusive a pele nua da cabeça e pescoço.
Além do planeio passivo, batem ativamente as asas, produzindo um ruído forte e característico. Outro som único é produzido pelas asas, soando como se fosse um avião a jato. Deixam-se cair de grande altura, em vôo picado, para frear nas proximidades do solo ou da vegetação, abrindo as asas. O ar passando rapidamente pelas penas das asas produz o som.
No ambiente natural, alimenta-se nas mesmas carniças das outras espécies. Nas proximidades das casas, busca restos de comida e partes de animais domésticos abatidos. Acostuma-se com a presença humana e, em alguns locais, circula até junto de galinhas e outras aves domésticas, quando sua forma peculiar de andar bamboleando chama a atenção, popularmente chamado de passo do urubu malandro. Quando estão andando próximos a outros urubus, deixam a cauda ereta aparecendo entre as asas.
Além de carniça, costuma comer pequenos vertebrados e ovos. Em dias muito quentes, pousam nas margens de rios e lagoas para beber água e resfriar as pernas. Entram na água rasa e molham as pernas completamente. Como entreabrem as asas, adquirem uma postura cômica. Uma outra forma de perder calor é ficarem planando alto, com as pernas esticadas para baixo.
Aparecem em todos os ambientes abertos da RPPN, evitando as áreas florestadas mais densas. Muito freqüentes ao longo do rio Cuiabá, freqüentam as casas de Porto Cercado e os acampamentos de pescadores. Quando alguma carcaça está sendo carregada pelo rio, pousam sobre o animal morto e começam a alimentar-se antes de sua chegada à margem.


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