Cabeçudo.
Leptopogon amaurocephalus
Período Migratório:
Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 195 do Guia das Aves

A área negra nos lados da cabeça parece uma orelha (foto) e destaca essa ave das demais do interior da mata. Ela aumenta a ilusão da cabeça ser maior do que o corpo, razão para o nome comum em outras partes do Brasil. Pousa ereto ou levemente inclinado para cima, desde abaixo da copa até próximo ao chão. Não é observado em áreas abertas ou fora da vegetação densa.
Caça insetos em vôo ou embaixo de folhas, saindo do poleiro e apanhando a presa. Não costuma retornar ao ponto de pouso, indo comer em outro galho e seguindo a patrulha do interior da mata continuamente. Vive solitário ou em casais.
Seu chamado, alto e característico, parece vir de uma ave muito maior. É uma risada forte e relativamente longa, com as notas bem separadas. Depois de aprendida, consegue-se observá-la com mais facilidade. Ela não é muito tímida, mas a coloração geral verde garrafa, com lavado de amarelo na barriga, torna difícil de distingui-la no meio da folhagem. Gosta de pousar nos cipós e galhos finos, em áreas expostas da parte interna da mata.
Constrói um dos ninhos mais elaborados entre as aves. É uma grande massa de material vegetal, dependurada em raízes de árvores tombadas ou em barrancos. Arredondada, a parte externa é feita de restos de folhas, filamentos de fungos, musgos e paina, tudo trançado com cuidado e parecendo uma maçaroca natural, não um ninho. A entrada é lateral, com uma proteção superior, enquanto o ninho propriamente dito é feito de filamentos de paina. Muito compacto, é construído durante um mês, apresentando grande resistência aos elementos. Fica desde poucos centímetros do chão até alguns metros de altura.
Ocorre em todos os ambientes florestados da RPPN, desde as matas ciliares dos rios Cuiabá e São Lourenço até as áreas de cerradão na área mais central. Comum na mata do Bebe e na mata seca do noroeste da reserva. Freqüente nos mesmos ambientes em toda a planície pantaneira. Residente.


Imagens relacionadas: