Gente-de-fora-vem, Pitiguari.
Cyclarhis gujanensis
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 210 do Guia das Aves

De porte médio, cabeça e bicos desproporcionais ao corpo. O bico é todo acinzentado com leve tom róseo, de aspecto poderoso e terminando com uma ponta fina, virada para baixo, parece um bico de uma ave de rapina em um pássaro. As cores são únicas, com a cabeça e nuca acinzentadas, uma nítida e característica faixa marrom avermelhada sobre os olhos (laranja escuro nos adultos, marrom uniforme nos juvenis). Alto da cabeça oliváceo ou cinza escuro. No peito, uma larga faixa amarelada separa a barriga e garganta cinza claro, quase branco. Dorso pardo esverdeado.
Alimenta-se de invertebrados apanhados no meio da vegetação, onde é surpreendente como esconde-se bem. Vistoria as folhas cuidadosamente, às vezes penetrando nos emaranhados mais densos. Apanha lagartas grandes, maiores do que se imaginaria, pelo seu porte. Mata as presas com o bico forte e batendo-as contra os galhos.
Vive em casais, os machos ligeiramente maiores do que as fêmeas, mas é necessário observá-los juntos para conseguir determinar o sexo. Entre julho e novembro (período reprodutivo), cantam intensamente o melodioso chamado flautado, entendido como os nomes comuns dado à espécie. Uma ave responde à outra, enquanto andam na parte alta e média da mata. Ocasionalmente, vistoria arbustos baixos. Responde a seu canto imitado ou gravado, procurando a fonte emissora. Agressivo, ataca outros pitiguaris em seu território. Acompanha bandos mistos entrando em sua área de vida.
Constrói um ninho tecido com fibras e em forma de cesta dependurada de uma forquilha baixa. O ninho é muito fundo, escondendo completamente a ave incubando. Macho e fêmea chocam e cuidam dos filhotes.
Fora do período reprodutivo, pode passar desapercebido, enquanto vistoria a folhagem. Pousa na parte externa das árvores, a plena luz. Ocorre em todos os ambientes da RPPN, exceto nas áreas brejosas e muito abertas. Acostuma-se a ambientes criados por ação humana, aparecendo nos jardins do hotel em Porto Cercado ou nas cidades do centro-oeste, como Poconé, Cuiabá ou Brasília, sempre nas áreas bem arborizadas. Ocorre em todo o Pantanal, bem como em grande parte do Brasil, exceto em pequena área da Amazônia Ocidental.


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