Vira-bosta, Maria-preta, Chopim.
Molothrus bonariensis
Período Reprodutivo: julho a dezembro
Locais de observação: Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 212 do Guia das Aves

Muito parecida com a graúna, sendo um pouco menor e longilínea, sem o aspecto atarracado da última. O brilho metálico da plumagem negra do macho ajuda na identificação, evitando confusão também com o macho do carretão. As fêmeas são mais cinza escuro, sem brilho metálico.
Entre junho e setembro são muito gregárias, concentrando-se em pousos noturnos comunitários ou buscando alimentos em gramados e áreas campestres com capim baixo. Nessas concentrações, é possível observar os machos ameaçando-se mutuamente com seu característico comportamento de apontar o bico para cima e caminhar em direção ao oponente com as penas brilhando ao sol.
Esse período marca o início da reprodução, mas é após o acasalamento que inicia-se a fase pela qual a espécie é mais conhecida. As fêmeas começam a busca de ninhos de outras aves, onde irão depositar seus ovos, deixando o choco e criação dos filhotes por conta dos hospedeiros involuntários. Nada menos do que 55 espécies já foram listadas como hospedeiras, desde aves maiores até menores do que a maria-preta. Os ninhos tanto são tigelas abertas como estruturas fechadas de gravetos. Os ovos da maria-preta chocam com 11 ou 12 dias e os filhotes crescem rapidamente, a velocidade superior aos irmãos postiços. Com isso, falta alimento para os demais e só sobrevive o parasita.
Pode ser observada em toda a RPPN, em seus longos vôos de deslocamento ou pousadas em galhos expostos para tomar sol. As áreas central e norte são os locais mais comuns de observação, mas aparecem nos campos ralos surgidos nas margens dos corixos do sudoeste com a baixa das águas e nas praias do rio Cuiabá.


Imagens relacionadas: