| É possível que o nome característico do Pantanal, frango-d’água, tenha relação com hábitos humanos de caça, sendo essa ave assim conhecida devido ao sabor da carne. Foi utilizada pelos índios guatós, canoeiros da planície pantaneira, para se autodenominarem. Muito sociável, chega a formar bandos de dezenas nas áreas de alimentação. Procura as praias e margens de brejo secando, onde entra na água rasa em busca de insetos e minhocas, além de sementes. Nessas ocasiões, é visto provando o fundo lodoso com o longo e característico bico, o qual varia de um amarelo alaranjado até o amarelo vivo. Essas cores contrastam com o corpo negro. A cara é também amarelada. Faz vôos em longas e características formações em formato de “V”. Como não são muito rápidos, é possível acompanhá-los por tempo o suficiente para ver uma substituição da ave que vai na frente das demais. Esse revezamento economiza energia das aves nas laterais que usam a turbulência formada pelas da frente. Fora do Pantanal, é uma espécie colonial, com colônias próprias, sem misturar-se às demais. Até o momento, não foi descrito nenhum ninhal na planície pantaneira e existem registros de reprodução em ninhos solitários, uma característica em outros locais de sua distribuição. Também é possível que as colônias reprodutivas estejam mais ao sul, vindo para o Pantanal após a reprodução. Ocorrem com mais freqüência entre janeiro e julho nas proximidades do rio Cuiabá e Riozinho, embora possam ser vistos cruzando toda a RPPN.
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