| Pequeno habitante da copa da mata ciliar, cerradão, mata seca e cambarazal, visita os capões de cerrado mais denso na procura de insetos e frutos, sempre na parte alta da árvore ou arbustos maiores. Costuma movimentar-se no meio da folhagem das copas, não se aproximando do chão na parte interna da floresta. Nas bordas, ocasionalmente chega a poucos metros do solo. Vive em casais ou pequenos grupos, associando-se a bandos mistos na procura de insetos em alguns momentos. Os machos são muito coloridos, com as costas azul marinho, brilhante ao sol, e cabeça negra. O papo, todo escuro, é característica marcante dessa ave, junto com a área amarela da testa até logo depois da linha dos olhos. Barriga amarela. Na cauda, as duas penas laterais com extensa área branca. Já a fêmea é completamente diferente. Exceto pela silhueta, não têm características de cores capazes de lembrar o macho. As partes superiores são pardo esverdeadas, com as partes inferiores cinza claro e leve lavado de amarelo nas laterais e base da cauda, na qual faltam as penas brancas. Na fronte, leve tom amarelado. O bico é cinza azulado, com o mesmo formato poderoso do macho. Comum em toda a RPPN, aproxima-se das casas e pode ser visto nos jardins do hotel em Porto Cercado. Também usa áreas urbanas com boa arborização, sendo notado em Poconé e Cuiabá, por exemplo. Além do colorido do macho, outra característica marcante nessa ave é o canto assobiado, usado para contato entre o grupo e origem dos nomes comuns. São duas versões, uma mais lenta, de duas notas (vi-vi) ou a mais rápida, de três notas (fim-fim-fim). Também imitam outras aves. Macho e fêmea chamam-se nas andanças pela mata. À distância, pode ser confundido com um dos chamados do risadinha, quando faz vi-vi. No período reprodutivo (julho a novembro) o macho costuma ficar cantando nas horas mais quentes do dia, pousado sob a copa. Nessas cantorias, usa um canto próprio, elaborado, às vezes mesclado com imitações.
| | |