No período reprodutivo (novembro a fevereiro) o macho é um cantor incansável, estabelecendo um território e poleiros favoritos. A partir desses poleiros, expostos, emite o canto pousado ou, mais comumente, levanta vôo na vertical e torna a pousar no mesmo local. Nesses vôos, aparece em destaque a grande área branca da superfície inferior da asa, contrastando com o negro azulado da plumagem. O brilho azulado surge como reflexo do sol, não sendo visível em dias nublados ou na sombra (foto). A fêmea é toda parda, com o peito e barriga finamente riscados de negro e as costas mais escuras. Ao contrário dos coleiros, com quem associa-se e é difícil de separar no primeiro momento, possui o bico mais pontudo e delicado do que aqueles.
Após o período reprodutivo, o macho faz uma muda das penas do corpo e torna-se semelhante à fêmea. Antes da próxima etapa reprodutiva, passa por nova muda e readquire a plumagem brilhante. Entretanto, quando está parecido com a fêmea, muitas vezes pode ser identificado pelo ventre com bolas escuras, correspondendo à cor do centro da pena. Ela tornou-se visível pelo desgaste das pontas claras, dando um aspecto sujo à ave.
Fora da época reprodutiva, vive em bandos de até algumas dezenas, muitas vezes associados às diversas espécies de coleiros. Como esses, alimenta-se de sementes de capins e ciperáceas, apanhando insetos nas revoadas de cupins e formigas. Adaptou-se às várias gramíneas africanas usadas para pastoreio do gado, tendo expandido sua distribuição, acompanhando o desmatamento de áreas florestadas.
Ocorre em todas as áreas abertas da RPPN, bem como nos jardins do hotel em Porto Cercado. Usa os moirões e fios de arame das cercas como poleiro de canto. Possui movimentos migratórios ainda não completamente estudados, mas grupos em migração para o sul passam pelo Pantanal em setembro e outubro. Nesses bandos, é possível ver machos adultos no processo de muda.