Bigodinho, Estrelinha.
Sporophila lineola
Período Migratório: setembro a fevereiro
Locais de observação: Brejos, Campo, Mata ciliar rio Cuiabá, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 233 do Guia das Aves

Migratório, mas ao contrário das outras espécies desse gênero, vem do norte do continente para reproduzir-se no Pantanal. Chega no decorrer do mês de setembro e desaparece a partir de janeiro, provavelmente retornando para a Venezuela e Guianas. A RPPN está no limite setentrional de sua área de nidificação conhecida, mas os detalhes dos movimentos migratórios ainda necessitam de maiores pesquisas.
O macho é inconfundível, pelas áreas brancas na cabeça, responsáveis pelos nomes comuns. O contraste do negro do restante da plumagem das partes superiores é marcante. As partes inferiores são levemente cinza claro e, sob sol forte, podem parecer brancas. Bico característico, pequeno e todo negro. Junto com a longa cauda, corpo delgado e cabeça pouco volumosa, forma uma silhueta mais delicada do que a maioria das outras espécies do gênero (na foto é possível comparar com o macho juvenil de coleirinho logo abaixo). Essas características são fundamentais para ajudar na identificação da fêmea, especialmente porque costuma misturar-se aos outros coleiros nos bandos dessas aves granívoras. Como ela também é toda parda, um pouco mais clara nas partes inferiores, essa característica morfológica ajuda a caracterizá-la. Também o bico relativamente pequeno e com tom amarelado, principalmente na parte inferior.
Encontrado nas áreas campestres e margens do rio Cuiabá, pode ser observado em qualquer ambiente aberto da RPPN durante o período migratório. Machos cantando, demarcando território, foram observados na região do rio Cuiabá. É possível encontrá-lo cantando nas árvores dos jardins do hotel em Porto Cercado a partir de meados de outubro. É um gorjear rápido, acelerando-se no final e continuamente repetido. Como nas demais espécies do grupo, o macho demarca o território, cabendo à fêmea toda a tarefa reprodutiva.
Devido ao canto, é ave apreciada e a captura para o comércio ilegal, junto com as alterações ambientais, acabaram por reduzir seus números em boa parte do país, especialmente no nordeste.


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