Coleirinho, Papa-arroz .
Sporophila caerulescens
Período Reprodutivo: outubro a dezembro
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Campo, Cerrado, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 234 do Guia das Aves

Das pequenas aves granívoras desse gênero, o coleirinho é a mais conhecida e origem do nome comum da maioria delas. O macho, com seu inconfundível colar branco e negro recebeu essa denominação (foto). Além do colar, ao lado da garganta negra um “bigode” branco define a área sob o bico amarelado ou levemente cinza esverdeado.
A fêmea é toda parda, mais escura nas costas. Sob luz excepcional, é possível ver que ela também possui o esboço do desenho da garganta do macho. Os machos juvenis saem do ninho com a plumagem idêntica à fêmea. Fora do período reprodutivo, são muito gregários, formando bandos com outros coleiros de várias espécies e com os tizius. Congregam-se nos capinzais soltando grãos e usam o bico forte para quebrar as sementes. O nome papa-arroz vem do hábito de também usarem plantações de arroz como fonte de alimentação.
Além do arroz, adaptaram-se às várias gramíneas trazidas da África e acompanharam a expansão da pecuária nas áreas anteriormente florestadas. No período reprodutivo, o casal afasta-se do grupo e estabelece seu território. O ninho e todas as demais tarefas correspondem à fêmea, ficando o macho com a atribuição de cantar para afastar outros coleiros da área.
Apesar de viver nas áreas abertas, procura árvores da borda das matas nos horários quentes do dia e nidifica em árvores e arbustos do contato mata/campo aberto.
Ocorre em todos os ambientes abertos da RPPN, especialmente na região entre o rio Cuiabá e o Riozinho, quando baixam as águas. Nesse período do ano, as gramíneas logo nascem e tratam de formar sementes antes da chegada da próxima cheia, fornecendo alimento para as aves granívoras. Também usa a parte superior das praias dos rios Cuiabá e São Lourenço na vazante, quando as mesmas gramíneas colonizam as areias expostas pelo menor nível dos rios. Pode ser visto, com facilidade, nos jardins do hotel de Porto Cercado e na praia em frente. As populações do sul do continente migram para o norte em abril e aparecem no Pantanal em sua passagem. O mesmo ocorre em setembro, quando retornam, ficando alguns dias ao lado das aves pantaneiras.


Imagens relacionadas: