Gavião-belo, Gavião-velho.
busarellus nigricollis
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Rios, corixos e baías.
Você encontra essas informações na página 72 do Guia das Aves

Especialista em caçar peixes, sendo uma das poucas espécies com esse hábito alimentar entre os gaviões do Brasil. Fica pousado em poleiros tradicionais durante longas horas, à espera que movimentos de peixes próximos à superfície os denunciem. Rapidamente, voa para a presa e captura-a com os pés, providos de garras finas e formações como pequenos espinhos na planta, auxiliares na captura. Carrega o peixe para o galho preferido e o come. Eventualmente, pode capturar alguns insetos e caramujos aquáticos.
Pesca durante todo o dia, mesmo nas horas quentes, ficando no poleiro exposto, esperando, pacientemente, como todo bom pescador. No final da tarde, voa para uma árvore alta, próxima ou não, para passar a noite. No começo da manhã seguinte, retorna ao ponto de pesca. Além desses vôos matutinos e vespertinos, pode ser notado planando nas correntes de ar quente ascendente, alcançando grandes alturas. O formato especial das asas, longas, largas e arredondadas, bem como a pequena cauda, pouco visível, forma uma silhueta singular, em especial devido à cor da cabeça.
O corpo é marrom avermelhado, levemente alaranjado na barriga, contrastando com a cabeça clara e uma faixa negra na garganta, como uma gravata. Essa cor branca da cabeça é a razão do nome gavião-velho. Bico negro, com as pernas cinza claro. As penas longas das asas e cauda são negras. A envergadura e o tamanho das asas são impressionantes. O juvenil possui a plumagem mais esmaecida, com barras e pontos escuros, sem que o branco da cabeça e pescoço estejam bem definidos. No peito, possui uma faixa negra, como um colar e cauda com finas faixas negras e uma larga banda terminal negra.
Intrusos na área de pesca são denunciados pelo chamado forte e curto, como se fosse uma tossida rápida. A fêmea é pouco maior do que o macho, diferença visível somente se os dois estão próximos. Na época de corte, fazem vôos especiais, com grandes e suaves subidas e descidas. Ocasionalmente, o macho faz um vôo picado e fica de cabeça para baixo, sob a fêmea, com as duas aves tocando as garras. É um tipo de manobra de grande destreza, sendo o resultado final de enorme plasticidade.
A subida das águas afeta algumas das áreas de pesca, fazendo com que se desloquem no interior do Pantanal, procurando novos locais de alimentação. Fica nas margens dos rios, baías e corixos, freqüentando também os pequenos alagados. Na RPPN, é observado cruzando os ares de toda a reserva, com pontos de pesca mais localizados na região do rio Cuiabá e Riozinho, bem como nos outros corixos e baías da região sudoeste.


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