| As proporções do corpo, pernas e cabeça tornam essa espécie única entre os gaviões do Pantanal (foto). O nome comum refere-se às longas pernas avermelhadas, as quais possuem uma adaptação especial. Além de dobrarem para trás, como as outras aves, podem dobrar para a frente, até certo ponto. Essa adaptação permite capturar presas dentro do oco de árvores, tais como pererecas, lagartos, baratas e aranhas. Captura filhotes de outras aves no interior de ninhos, seja no interior de ocos, seja construídos. Além de ter essa adaptação singular, a cabeça e o bico são relativamente pequenos e esguios, em comparação com o longo corpo e cauda. Há uma intensa variação na coloração da plumagem, com alguns indivíduos mais escuros, quase negros. No Pantanal, domina a plumagem cinza clara em todo o corpo, asas e cauda, com os calções (a área empenada nas coxas) e baixo ventre mais claro (com finas listras brancas nos lados). Base da cauda branca. A cauda, negra, com duas faixas brancas, a da base mais larga. Quando voa, a silhueta é única, devido à proporção do corpo, cauda e cabeça. As pernas, muito longas, passam um pouco a cauda. Por baixo, as asas abertas mostram uma meia lua branca na base das penas da ponta, característica exclusiva desse gavião. Geralmente, ou é observado sobrevoando a mata a média altura, ou é visto caminhando e subindo galhos e troncos, às vezes com ajuda das asas, procurando alimento. À pequena distância, destacam-se os grandes olhos brancos ou amarelo-claro. Embora use vários ambientes, na RPPN é mais fácil de ser encontrado na mata ribeirinha dos rios Cuiabá e São Lourenço, bem como nas matas secas e cerradões da parte central e sul da área.
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