| Tinamídeo exclusivamente campestre, vive nas áreas de campos e cerrados mais abertos, onde caça insetos, moluscos e escava o solo à procura de tubérculos e raízes. É maior que o jaó, com cores completamente diferentes (foto). Bico grande e claro, usado para escavar o solo. Para identificação, é inconfundível com os outros membros da família por seu porte e cores. Além disso, quando obrigada a voar, a perdiz mostra a cor marrom avermelhada das penas longas das asas, fazendo vôos com planeios compridos. Quando assustada com alguma coisa, costuma eriçar as penas do alto da cabeça, formando um topete alto. O canto é outra característica inconfundível. Mais freqüente no período reprodutivo (agosto a dezembro), inicia-se com um pio alto e forte, um intervalo, e três pios próximos, sendo o último mais baixo. Em algumas ocasiões, geralmente fora do período reprodutivo, emite somente o primeiro pio, sem dar seqüência ao canto. Os ovos são de um chocolate brilhante intenso, colocados sobre o solo em um ninho preparado pelo macho, a quem igualmente cabe o restante das atividades reprodutivas. Como nidifica nos cerrados e campos no período da seca, exatamente o momento onde há maior freqüência de fogo, pode ser prejudicada pela prática de queimadas para renovação do pasto. Também é intensamente caçada, sendo a técnica comum o uso de cachorros treinados em localizá-las e fazê-las voar, para o abate pelo caçador. Devido a altura que alcançam em seu vôo vertical inicial, podem deslocar-se em vôos planados por distâncias consideráveis. Fora esses eventos esporádicos, passam o dia deslocando-se pelo solo.
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