Seriema.
Cariama cristata
Período Migratório:
Locais de observação: Campo, Cerrado.
Você encontra essas informações na página 90 do Guia das Aves

Ave das mais conhecidas do centro-oeste brasileiro, embora também ocorra em outras regiões. Habita os campos e cerrados da região, entrando no Pantanal através das áreas menos inundadas. Vive aos casais, sendo mais facilmente escutada do que observada. Seus gritos, seja de uma ave solitária, seja de um casal em dueto, são altos e longos. Parecem longas risadas, as quais vão acelerando-se e aumentando de tom à medida que a ave repete o canto. Pode permanecer gritando por vários minutos a fio.
De hábitos terrestres, empoleira para dormir em árvores isoladas ou no cerrado. Constrói um ninho de gravetos, a pequena altura do chão, forrando o interior com folhas e lama. Choca 2 ovos, entre 24 e 30 dias, cabendo essa tarefa à fêmea, principalmente. O filhote nasce com uma penugem amarronzada, fina e longa na cabeça. Depois de duas semanas, abandona o ninho com os pais, levando cerca de 4 a 5 meses para adquirir a plumagem de adulto, cuja cor dominante é o cinza. Barriga mais clara, quase branca. Na cabeça, destaca-se o tufo de penas longas e eriçadas da testa, formando um tipo de coroa (foto). Uma larga faixa clara, superciliar, faz contraste com o tom azulado da pele ao redor dos olhos e o bico, vermelho. As longas pernas são avermelhadas ou laranjas.
Mesmo perseguida dificilmente levanta vôo, preferindo correr do perigo. Alcança 50km/h em distâncias curtas. Cansada, voa pequenos trechos antes de pousar e voltar a correr. Ao voar, destacam-se as faixas claras e escuras de asas e cauda.
Sua alimentação é semelhante a um gavião, comendo desde insetos até pequenos vertebrados. Mata as presas com o bico, uma vez que os dedos são relativamente pequenos e sem garras. Uma presa maior é desmembrada, pisando sobre ela e retirando pedaços com o bico poderoso. Graças ao hábito de comer cobras, é protegida pelos fazendeiros e sitiantes. Pode ficar acostumada à presença humana e freqüentar os jardins das casas.
Habita a porção central e norte da RPPN, sendo observada também, na estrada entre Porto Cercado e Poconé, bem como nos campos laterais. Com a subida das águas, abandona essas áreas, para voltar na próxima vazante.


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