| Como o biguá, também pesca seu alimento em longos mergulhos. Seu pescoço longo e fino continua por um bico igualmente longo e pontiagudo, com uma cabeça pouco notável é muito característica. Quando mergulha, só a cabeça e parte do pescoço ficam evidentes, mantendo o corpo submerso, enquanto o biguá emerge parte do corpo. É solitário nas pescarias, feitas próximas às margens ou em canais vegetados. Usa o bico como um arpão, perfurando os peixes sob a água e emergindo com eles atravessados. Na superfície, o peixe é solto e jogado para o alto, em um movimento rápido da cabeça, passando para as mandíbulas com maestria. Como o biguá, engole o peixe da cabeça para a cauda, evitando que as escamas e nadadeiras impeçam a deglutição. No período reprodutivo, os machos mudam para uma plumagem toda negra, mantendo o contraste com o branco da face superior das asas. As fêmeas possuem o pescoço e peito amarelados nesse período, com os filhotes saindo do ninho em uma plumagem semelhante à da fêmea, embora o corpo seja mais pardacento e o branco superior das asas menos contrastante. Esse é o momento do ano em que o biguatinga torna-se gregário, embora se mantenha solitário nas pescarias. Em seus movimentos diários, dos ninhais até os locais de pesca ou em seus amplos movimentos, eventualmente migrações ainda desconhecidas, usa as correntes de ar quente ascendente como meio principal de deslocamento. Não é freqüente vêlo voando grandes distâncias em vôos lineares baixos. Sua silhueta, mesmo à grande altitude, é inconfundível, devido à forma do pescoço, cabeça e bico, longos e finos, seguidos por um corpo relativamente grande e uma cauda longa. Nessas situações, raramente bate as asas e desloca-se de corrente a corrente até atingir seu objetivo. Suas penas também molham-se e precisa secá-las ao sol depois das pescarias. Na região da reserva ocupa as mesmas colônias que o biguá, embora reproduza-se um pouco mais tarde do que esse.
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