| Habitante das copas das árvores da mata seca e da mata ribeirinha, não é muito freqüente no Pantanal. É possível que tenha movimentos migratórios, aparecendo em algumas épocas do ano. Na RPPN, foi encontrada no começo do período de chuvas, em outubro. Distingue-se das outras espécies de pombas grandes da reserva pelo tom avermelhado da plumagem, capaz de ser notado à distância. Fica pousada em galhos expostos sobre a mata, só ou em pequenos grupos. Em vôo, aparece como uma ave escura. Muito arisca, não é fácil observá-la de perto o suficiente para notar o padrão escamado das penas do peito, onde as penas marrom avermelhadas são bordejadas de negro. No pescoço e garganta, as penas são brancas ou pardas, com os bordos negros. Isso produz o efeito visual de escamação, ainda mais pelo forte contraste com as costas avermelhadas (no macho, já que a fêmea possui as costas pardas e os contrastes são esmaecidos). Bico com base vermelha e ponta amarelada. Em volta dos olhos, uma área de pele nua e vermelha. Por suas cores e contrastes, é considerada a espécie de pomba de maior beleza no país. Alimenta-se de pequenos frutos nas copas das árvores, sem baixar ao chão para comer, como outras espécies de pombas de porte semelhante. Apesar de ser uma ave habitante das copas, os ninhos são construídos próximos ao solo. Faz uma pequena plataforma com gravetos, inflorescências e pontas de ramos. Na leve depressão central do ninho, coloca um ou dois ovos. O macho jovem sai do ninho semelhante à fêmea, praticamente sem o padrão escamado das aves adultas. No período reprodutivo, emite seu canto territorial pousado na parte mais alta da mata. Muito grave, com dois ou três chamados em seqüência e duração variadas, chega a parecer um mugido ao longe. Por essa característica é conhecida como pomba-touro nos países do norte do continente.
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