Asa-branca, Pombão .
Columba picazuro
Período Migratório: março a dezembro
Locais de observação: Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 98 do Guia das Aves

A maior das pombas brasileiras, é do porte do pombo-doméstico (espécie européia introduzida no país). Habita os ambientes abertos de todo o Brasil ao sul da Amazônia, tendo expandido sua distribuição nas regiões sul e sudeste após o processo de desmatamento para agricultura e pecuária. Nas últimas duas décadas, adaptou-se a ambientes urbanos nas cidades do interior do estado de São Paulo (Campinas, por exemplo) e Brasília, reproduzindo-se em parques e áreas arborizadas. Muito importante no folclore nordestino; no imaginário popular, sua chegada e partida de uma área de caatinga marca o início e final da estação de chuvas, estando imortalizada na canção de Luís Gonzaga sobre a seca no sertão.
No Pantanal, é uma espécie com movimentos migratórios e populações residentes. Estudos com anilhamento, feitos no município de Poconé na década de 80, mostraram que, pelo menos uma parcela das asas-brancas dessa área, migra para o Chaco paraguaio. No início das chuvas, podem ser vistos bandos de até duas centenas, pousados em pastos e campos ou árvores. A partir de dezembro, desaparece, para retornar em março.
Os casais fazem ninhos em territórios demarcados pelo macho em vôos altos e com batimento especial das asas, como nas outras pombas grandes. Nessas patrulhas, a longa e fina faixa branca nas asas é evidenciada. O contraste com o tom cinza dominante do corpo é marcante (foto), sendo a peculiaridade que dá o nome comum dessa pomba e permite sua identificação à distância. Para atrair a fêmea e informar a ocupação do território, emite seu canto característico. É composto por um chamado inicial, grave e gutural, seguido por seqüências de três chamados longos e mais suaves.
Constrói o ninho na parte baixa de uma árvore de cerrado ou na borda de cerradão, uma plataforma de gravetos. Postura de um ovo, com o filhote saindo do ninho semelhante aos pais, um pouco menor e com a faixa branca da asa quase inexistente.
Sobrevoa toda a RPPN, sendo encontrada pousada nas bordas de capões, cordilheiras e matas. Alimenta-se nas áreas abertas, geralmente no chão. Pode apanhar sementes no alto das árvores.


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