| Um pouco menor do que as duas espécies anteriores, é de constituição mais delicada e proporcional. No pescoço e peito, a plumagem é de um tom vináceo, contrastando com o cinza da cabeça e boa parte das costas. Os olhos são vermelhos, mesma cor dos pés. Vive em grupos, algumas vezes de várias dezenas. Pode estar solitária também. Em julho e agosto, concentra-se nas margens do rio Cuiabá, Riozinho e corixos do sudoeste da RPPN, para alimentar-se no Pombeiro Combretum lanceolatum. Essa planta cresce sobre as outras, nas margens dos rios, corixos e alagados, dando uma bela inflorescência vermelha, com muito néctar. A pocaçu, nome da espécie no Pantanal de Poconé, vem alimentar-se do néctar, chamado popularmente de mel-de-pomba ou remela-de-pomba. Alimenta-se também de uma série de frutinhos e sementes, apanhados tanto na copa das árvores, como no solo. Depois da colheita de milho ou arroz, fica nos restolhos ou restevas catando os grãos perdidos. Como nas outras pombas grandes, o casal afasta-se do bando para reproduzir-se, estabelecendo um território exclusivo e demarcado pelos vôos especiais do macho. As cores da fêmea são um pouco mais esmaecidas, característica visível se as duas aves estiverem pousadas juntas e sob luz excelente. Além dos vôos, emite seu canto territorial, parecido com o da Asa-branca, sem a sílaba grave introdutória e formado por dois chamados graves, suaves e rápidos. Seu tom fica abaixo do da Pomba-trocal, sendo também mais rápido do que o canto dessa última. Ninho em arbustos e árvores, desde um metro do solo até 15 metros de altura. Postura de um ovo. Encontrada em toda a RPPN, gosta de ficar em galhos expostos pela manhã, tomando sol. Às vezes, deita-se nas areias das praias do rio Cuiabá, entreabre as asas e fica aquecendo-se no sol.
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