| Seu cartão de visitas é a bela plumagem vermelha, cor dominante em quase todo o corpo. As asas são azul escuro, com uma faixa esverdeada. As penas da longa cauda, vermelhas, terminam em uma ponta azul. A cara é branca, com linhas de penas pequenas e vermelhas na frente do olho. Bico branco na parte de cima e negro na parte de baixo. Estrutura de bico mais poderosa do que na arara-canindé. Vive aos casais ou é vista solitária. No Pantanal, não costuma formar bandos, como as outras araras. Fora, é freqüente vê-la em associações maiores. Sua alimentação é variada, com frutos de diversas árvores e cocos. Chega a comer folhas de algumas plantas. Faz os ninhos em ocos de árvores, muitas vezes ninhos de arara-azul já abandonados em uma estação reprodutiva ou disputados com ela. Devido ao tamanho, necessita de árvores de grande diâmetro, escavando o ninho a cada reprodução para forrá-lo com serragem. Postura de 2 a 3 ovos, com sorte saindo um filhote por ninho a cada ano. O choco é de 28 dias, com o filhote ficando três meses no oco, antes de voar. Sai com a mesma plumagem dos adultos, cauda um pouco menor, olho marrom (claro, no adulto). Essa arara era freqüente no sudeste do Brasil, tendo ocupado a Mata Atlântica até a década de 80, quando ainda era observada no sul da Bahia e no Espírito Santo. A falta de registros recentes sugerem sua extinção na faixa costeira e no sudeste do Brasil. Locais como Serra das Araras, no Rio de Janeiro e Araraquara, em São Paulo, foram denominações originadas pela sua presença. No norte de Mato Grosso, além dessa espécie de arara-vermelha, ocorre a Arara-canga Ara macao. Muito parecida, não detectada fora da Floresta Amazônica, a principal diferença é a faixa amarela sobre a asa, onde a arara-vermelha possui penas verdes.
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