Jandaia-coroinha, Periquito-rei .
Aratinga aurea
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Brejos, Cambarazal, Campo, Cerradão, Cerrado.
Você encontra essas informações na página 109 do Guia das Aves

O psitacídeo mais freqüente do centro-oeste brasileiro, com grandes populações em toda a planície pantaneira. Ocupa as áreas de cerrado e borda de mata, sem penetrar no seu interior. Sobrevoa, facilmente, grandes manchas florestais. Possui grandes pousos comunitários em capões de mata ou cerradões, onde dezenas de jandaias-coroinha concentram-se para dormir. Na madrugada seguinte, voam em grandes bandos para os locais de alimentação, onde passam o dia.
Esses deslocamentos cobrem, com facilidade, a área da RPPN, podendo ser observada em qualquer ponto da reserva. Mantém contato com os outros membros do bando com gritos estridentes, longos, facilmente escutados. À distância, são parecidos com os do periquitão. No entanto, mantém a mesma seqüência de chamados, enquanto aqueles possuem muitas variações, entremeadas de graves rápidos e longos.
Pousadas, são mais discretas, embora gritem ocasionalmente. Alimentam-se em árvores isoladas ou arbustos, algumas vezes no solo. Podem ser vistas pousadas nos arbustos das margens do rio Cuiabá, bem como nos campos do centro da reserva. Comem sementes, frutos e flores, como as do pequi e da piúva.
Na baixa das águas, começam o seu período de ninho. Procuram os cupinzeiros arborícolas nos cerrados, cavando uma câmara para os ovos no interior do cupinzeiro ativo. Fazem um túnel de acesso na parte inferior do cupinzeiro, junto ao tronco. Essa entrada é de difícil visualização, protegendo o ninho. No centro do cupinzeiro, escavam a câmara e colocam até 4 ovos. Nesse período, o casal fica afastado das outras jandaias coroinhas. Seis semanas após nascidos, os filhotes saem do ninho. Os cupins não abandonam o cupinzeiro. Fecham os canais para a câmara e túnel de acesso, continuando a viver na área não afetada pelas jandaias. O grupo de cupins usado pela jandaia possui como defesa a produção de substâncias químicas, sem ter mandíbulas para ataque.
A plumagem do filhote ao sair do ninho é semelhante à dos adultos, embora mais esmaecida. Em especial, o laranja da testa e ao redor dos olhos, marcas registradas da espécie e razão de seus nomes comuns. O laranja fica destacado contra o tom verde da plumagem nas costas e verde amarelado na barriga e garganta. Bico pequeno e negro. As penas das asas são azuladas, embora necessitem de ótima luz para destacar-se.


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